O interesse deste livro consiste em compreender a investigação realizada por Nina Rodrigues acerca das manifestações religiosas dos povos africanos e seus descendentes na Bahia do século XIX. A tese que se buscou demonstrar é a de que, ao torna-las objeto de ciência e buscar formas conceituais para referenciá-las, Nina Rodrigues as representou a partir de um referencial cristão: o monoteísmo católico. Para tanto, a pesquisa realizada analisou as obras de Nina Rodrigues atentando a forma como ele se apropriou do modelo evolucionista cultural de E.B. Taylor para representar as religiões no Brasil e acabou por desenvolver um paradigma para pensar as religiões afro-brasileiras, pautado no método de estudo comparado e cujo principal referente consistiu no monoteísmo católico. As fontes centrais consistiram nas obras O animismo fetichista dos negros bahianos (1935) e Os africanos no Brasil (1982) de Nina Rodrigues e a obra Primitive Culture (1920, 1903) de E. B. Tylor. Dentre os aportes teóricos utilizados pode-se destacar: Michel de Certeau e a obra A escrita da história (1982) para pensar a antropologia da crença. Os conceitos de 'apropriação', 'visão de mundo' e 'representação' de Roger Chartier (1990, 2002) serviram à reflexão da forma como Nina Rodrigues se apropriou da metodologia de estudo das religiões em Tylor, ressignificando-na a partir de sua 'visão de mundo' para representá-la de uma nova forma. Foi fundamental a esta discussão a reflexão sobre as 'formalidades das práticas' (CERTEAU, 1982), a fim de compreender a opção, em Nina Rodrigues, pelo referencial católico enquanto norteador no estudo das religiões africanas. Embora não se possa dizer categoricamente que Nina Rodrigues parta do objetivo de defesa da fé católica, a pesquisa constatou que suas observações, interpretações e conclusões para pensar religião não poderiam sustentar como insignificante a diferença entre os quadros de referência em função dos quais uma sociedade organiza as ações e os pensamentos. Embora parta da ciência e de um Estado laico, não conseguiu como pretendia, simplesmente apagar de sua 'visão de mundo' todo um aparato católico de formação, de percepção de valores, próprio do lugar social no qual ele se insere.
Publicações da EDUEM
A partir da leitura de uma revista católica, a Revista Eclesiástica Brasileira, e de documentos oficiais da Igreja Católica, a autora objetiva apontar e analisar como a instituição eclesiástica aborda, conceitua e se posiciona perante as manifestações religiosas designadas populares durante os anos de 1963 a 1980. Durante esse período ocorreram mudanças significativas no posicionamento da Igreja Católica diante da história, principalmente a partir do Concílio Ecumênico Vaticano II, que, contrariamente aos princípios tridentinos, procurou adequar a Igreja Católica ao mundo moderno, levando à necessidade de conhecer o homem que vive nesse mundo, bem como suas manifestações, suas atitudes perante o sagrado, perante a própria Igreja.
O livro aborda a criação da previdência social brasileira, ocorrida nas primeiras décadas do século XX, momentos de redefinição das relações entre trabalhadores, patronatos e estado.
O Levante dos posseiros analisa a revolta componesa de Porecatu, movimento social de resistência, articulado por camponeses em defesa da posse da terra, na região Norte do estado do Paraná, nos anos de 1940 e 1950. Esse movimento tomou corpo e forma a partir da intervenção de militantes e dirigentes do Partido Comunista Brasileiro, que, por meio de uma ampla rede de solidariedade conseguiram organizar a luta armada por um período superior a dois anos. O estudo foi realizado tendo como base os documentos e relatórios produzidos pela Delegacia de Ordem Política e Social do Paraná (DOPS/PR), pelo Partido Comunista Brasileiro, pelo Fórum da Comarca de Porecatu e por uma ampla gama de reportagens sobre o episódio, publicada em jornais e revistas da época. Com isso foi possível compreender as artimanhas elaboradas pelos camponeses na luta e defesa da posse da terra, bem como os mecanismos de repressão instituídos pelo Estado, através do DOPS, da Polícia Militar e do Judiciário. Constatou-se que o uso da força policial e repressiva foi decisivo na derrota e desarticulação do movimento camponês armado. Como resultado da ação, milhares de camponeses foram deserdados e expulsos de suas terras e deslocados para outras regiões do Estado. Desde o século XIX, os homens do campo se organizam e se mobilizam para defender os seus direitos. No centro do processo, a incessante luta pela terra. Mas, sem dúvida, foi no século XX que essas lutas ganharam contornos diferenciados e nos permitiram incursionar pelos caminhos profícuos da análise histórica. Movimentos sociais como os dos posseiros de Porecatu são exemplos de como esses agentes sociais rurais, em movimentos de continuidades e rupturas, articularam-se na defesa de suas terras ou na luta por seus direitos. Neste livro, o leitor tomará ciência da odisséia de centenas de famílias de camponeses, que, no ceifar da labuta cotidiana, lutaram, resistiram, mataram e morreram para defender o seu quinhão de terra e a dignidade das suas famílias. Do suor, do sangue e das lágrimas construíram as suas histórias. Da violência, os seus destinos!
O livro O mundo do trabalho e a política: ensaios interdisciplinares, organizado pelo historiador Angelo Priori, foi gestado dentro do Programa de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Movimentos Sociais da Universidade Estadual de Maringá. Por sua vêz, esse Programa está associado à Fundação Interuniversitária de Estudos e Pesquisa sobre o Trabalho Unitrabalho, organização que congrega 80 universidades brasileiras. Na Universidade Estadual de Maringá, tanto o núcleo local da Fundação Unitrabalho como o Programa de Estudos e Pesquisas sobre Trabalho e Movimentos Sociais de caráter multidisciplinar. vêm desenvolvendo profícuas análises à respeito da sociedade atual principalmente no que tange à realização de estudos e pesquisas econômicas históricas e sociológicas, e de atividades de formação profissional relacionadas com a questão do trabalho, das relações trabalhistas e dos movimentos sociais, atendendo as demandas das organizações sindicais, instituições governamentais e outras instituições sociais. O livro que ora se apresenta tem esse sentido e cumpre dois objetivos: primeiro, divulgar a pesquisa e a produção dos integrantes do Programa, evidenciando o seu caráter multidisciplinar; segundo, proporcionar à sociedade brasileira e aos movimentos sociais organizados, à luz dos debates acadêmicos, reflexões sobre os mais diversos aspectos do mundo do trabalho e da política contemporânea. As análises centram-se em temas como globalização, reestruturação produtiva, flexibilização da legislação trabalhista, mercado e cooperativas de trabalho e organização política dos trabalhadores, entre outros.
"Vieira foi, em muitos aspectos, um assumido praticante da raison d'état, uma perspectiva muitas vezes ardente e crítica das políticas civis ou religiosas, que ele acreditava serem contrárias, aos interesses do Estado e da Monarquia. É exatamente este Vieira que preocupa Sezinando Luiz Menezes neste olhar conciso e sintético sobre a batalha em que se envolveu para reintegrar os "cristãos novos" e seus capitais dentro do Império Português. Sua ação tolerante nasceu de necessidades práticas. Seu objetivo era fortalecer Portugal, de tal modo que ele pudesse "cumprir o seu destino". Mas, como sabemos, Vieira defrontou-se com adversários poderosos, especialmente na Inquisição e em setores da nobreza, que tinham um profundo interesse em preservar o equilíbrio social existente." Stuart B. Schwartz (trecho do prefácio)
Em O Protesto do Trabalho, Angelo Priori analisa a luta jurídica que se desenrolou no âmbito da Justiça do Trabalho, entre trabalhadores e empregadores rurais, nas décadas de 50 e 60, no Estado do Paraná. Partindo-se da hipótese de que os trabalhadores rurais sempre estiveram excluídos da política e da história, o autor busca reconstituir as diversas lutas sociais dos trabalhadores rurais do Paraná para garantir os direitos sociais conquistados e pela organização de suas entidades representativas. Para isso, estuda os processos trabalhistas impetrados na Justiça do Trabalho durante o período, priorizando o debate que se envolveram trabalhadores, empregadores, sindicalistas, advogados, magistrados, padres e tantos outros agentes sociais, acerca desses temas.
Este livro demonstra a história das Terras Indígenas localizadas na bacia hidrográfica do rio Ivaí no Estado do Paraná. Terra Indígena Ivaí, situada nos municípios de Manoel Ribas e Pitanga; Terra Indígena Faxinal, localizada no município de Cândido de Abreu; e Terra Indígena Marrecas, nos municípios de Turvo e Guarapuava. Analisamos todo o processo de desterritorialização das populações indígenas da bacia do Ivaí e suas relações interculturais estabelecidas com a sociedade envolvente. Tais relações garantiram a presença das populações indígenas na região, mas redefiniram profundamente sua dimensão sócio-cultural. Nossos agradecimentos à Fundação Araucária pelo financiamento do projeto de pesquisa A história dos índios Kaingang no vale do Ivaí - PR, que possibilitou a realização de toda a pesquisa e a publicação deste trabalho. Agradecemos aos funcionários da FUNAI de Londrina, Curitiba e Guarapuava e do Arquivo Público do Paraná. E um agradecimento especial às lideranças e aos moradores das Comunidades Indígenas do Ivaí, Faxinai e Marrecas, que contribuíram de maneira significativa para que nossa pesquisa pudesse ser realizada. A estas comunidades dedicamos este livro.
Neste Livro relativo à eleição presidencial brasileira de 1989 e à eleição municipal de 2000 em Maringá-Pr, investigamos o saber cotidiano sobre a política. Para tanto, procuramos perscrutar os valores culturais dos depoentes e entrevistados pelos jornais visando conhecer a concepção política, particularmente, das pessoas pertencentes às camadas populares. Um dos propósitos básicos que orientou o trabalho foi a tentativa de evidenciar que a visão peculiar do cidadão comum - e a maioria daqueles que não participam das atividades ligadas ao campo político - sobre a vida pública é um dos principais determinantes da sua maneira de participar da política em momentos eleitorais. A nosso ver, boa parte do pensamento letrado, muitas vezes, trata essa questão de forma limitada quando procura explicar a chamada despolitização baseando-se apenas na baixa escolaridade, desinformação e desinteresse dos populares pelos assuntos da polis. Naturalmente que não se pode negar o peso dessas variáveis nos estudos sobre a arte de governar, mas este trabalho encontrou evidências de que não há uma relação direto, unívoca, entre grau de escolaridade, renda, faixa etária e um comportamento que poderia ser considerado "politizado". Nesse senti-do, acreditamos que esta obra fornece subsídios para se pensar que o campo político profissional e o saber cotidiano são universos que funcionam com base em códigos e registros muito distintos; somente levando em consideração essas diferenças - que implica em estudar as experiências de vida das pessoas e não apenas em falar de eleitores "ideais" - é possível entender a concepção dos cidadãos comuns sobre a política, principal-mente na forma como se manifesta em períodos eleitorais.
“Seja como for, o fato e que, após 500 anos de tentativas de abolir as populações indígenas, elas continuam existindo, recriando práticas ancestrais e reivindicando sua sobrevivência como sociedades específicas. Assim, em uma perspectiva etno-historiográfica e antropológica, propomo-nos a apresentar alguns aspectos da história e das culturas das populações indígenas que ocuparam e ainda ocupam vastos territórios que hoje fazem parte do Estado Nacional brasileiro. Contribuímos, dessa forma, com o esforço que hoje se desenvolve no sentido de refinar e detalhar as análises e interpretações relacionadas à história e à etnologia indígena, à organização sociocultural, às relações com os colonizadores, às questões relativas ao contato interétnico contemporâneo e às que ocorreram nos séculos de ocupação do Continente Americano e do Brasil” (In Apresentação).
O livro começa com a história do PCA-Programa Multidisciplinar de Estudos, Pesquisa e Defesa da Criança e do Adolescente. Nos capítulos seguintes, destacamos a amplitude do nosso fazer cotidiano no Programa apresentando o leque das atividades que desenvolvemos, ou seja, os projetos de extensão e pesquisa individuais, o envolvimento dos universitários e as produções acadêmicas. O Projeto Brincadeiras, mostra um tipo de intervenção, revelando como as crianças e os adolescentes se relacionam com os estudantes nas suas atividades práticas. O Projeto Do não ser para o eu ser, arrola as prioridades e os recursos teórico-metodológicos utilizados nas práticas para demonstrar o itinerário utilizado para a formação dos acadêmicos. O Projeto Educação para a Cidadania destaca os direitos humanos por meio do estudo do Estatuto da Criança e do Adolescente (lei 8069/1990) e suas aplicações. O Projeto Laboratório, mostra as fontes de pesquisas relacionadas com a história/vida das crianças e dos adolescentes e a importância desse levantamento para o acesso público. Durante essa cronologia registramos nossos princípios e fundamentos teóricos, ressaltando principalmente autores do Humanismo Radical. Como subtexto, indicamos a demanda dos direitos sociais, e destacamos a importância do século XX como frutífero, não só em detectar os direitos fundamentais como também para expor ações necessárias ao exercício de sua conquista. Nos três textos seguintes ao do PCA, apresentamos algumas das parcerias que nos são especialmente caras e que complementam o desenho e a abrangência das atividades do PCA.
Este livro trata da história da ocupação humana da região do rio Paranapanema onde foi implantada a Redução Jesuítica de Santo Inácio; apresenta as diversas pesquisas arqueológicas ali implementadas, e registra a organização do acervo do material arqueológico existente na prefeitura local proveniente da coleção deixada por um antigo morador local. Os vestígios da Redução Jesuítica de Santo Inácio foram redescobertos em meados do século XIX quando o governo do império resolveu instalar, no vale do rio Paranapanema, as Colônias Indígenas. Ali, em 1865, os engenheiros alemães Joseph e Franz Keller, relataram aspectos do que ainda podia ser visto no local. Informaram que o aldeamento "situava de 20 a 25 acima do nível do rio, e oferecia uma vista lindíssima e aprazível". Mediram os vestígios da antiga igreja jesuítica e calcularam ser de 20 metros de comprimento por 14 de largura situada de frente para o rio. Extinta a Colônia em 1878, o local novamente foi abandonado por quase 50 anos até que, em 1924, Manuel Firmino de Almeida, engenheiro civil, requereu e obteve do Governo do Estado do Paraná a concessão de uma gleba de terras no vale do Paranapanema onde fundou o povoado de Santo Inácio, denominação escolhida por Manuel Firmino, em homenagem a Redução Jesuítica de Santo Inácio do Ipaumbucu. Nas décadas de 1960 e 1970 iniciaram-se as primeiras pesquisas arqueológicas no vale do rio Paranapanema. Elas foram realizadas por professores do Museu Paranaense e da Universidade Federal do Paraná. Impulsionadas setor hidrelétrico do governo de São Paulo novas pesquisas foram realizadas nos anos de 1980 e 1990 pelo Centro de Estudos e Pesquisas Arqueológicas da Universidade Federal do Paraná. Essas pesquisas tiveram o financiamento da Companhia Energética de São Paulo (CESP), e partes do local onde situava a Redução e a Colônia foram impactados pelo reservatório da Usina Hidrelétrica de Taquaruçu. A partir de 2005 a Universidade Estadual de Maringá através do Programa Interdisciplinar de Estudos de Populações — Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-história, em parceria com Prefeitura Municipal de Santo Inácio e financiamento da Secretária de Ciência e Tecnologia do Estado do Paraná, reiniciaram as atividades de pesquisa e proteção da área da Redução.
Este livro tem como objetivo o estudo das relações estabelecidas entre o Brasil e os Estados Unidos ao longo do século XX, além de traçar algumas perspectivas para o início do século XXI. Propõe-se atingir essa finalidade com a abordagem de temas relativos aos mais variados aspectos dessas relações através de um conjunto de textos de historiadores e cientistas políticos do Brasil e dos EUA. Assim, o leitor encontrará nos capítulos desse livro estudos relacionados aos aspectos econômicos, políticos, militares, sociais e culturais das relações entre os dois países
Esta Obra analisou o período do regime militar, especialmente o ano de 1975, quando foi desfechada no Estado do Paraná uma operação policial-militar conhecida como Operação Marumbi, planejada pela DOPS e CODI-DOI. A polícia política prendeu mais de 100 pessoas acusadas de reorganizarem as bases políticas do PCB no Estado. Desse total de pessoas presas, 65 indivíduos foram indiciados, dando início ao IPM 745.
A partir das obras"O animismo fetichista dos negros bahianos"(1900) e "Os Africanos no Brasil"(1932), busca-se pensar Nina Rodrigues enquanto produto/produtor de um discurso científico acerca das religiões africanas na Bahia do século XIX, destacando as categorias explicativas utilizadas para referenciar tai práticas religiosas. Destacam-se entre elas 'fetichismo', 'animismo', 'double', 'teologia', 'fitolatria', 'hidrolatria', 'liturgia', 'sonambulismo', 'histeria', 'hipnotismo', 'sobrevivências', 'mestiçagem espiritual', e 'totemismo'. Ao partir do método proposto por Edigar Morin sobre o 'pensamento complexo', a autora rompe a homogeneidade de um 'discurso médico' e consegue destacar amultiplicidade de olhares lançados sobre a religiosidade africana. Ao complexizar a figura do médico e ao visualizar os diferentes 'lugares sociais' de seu discurso foi possível, inclusive, desenvolver hipót-ses acerca de uma postura católica em Nina Rodrigues.
Adaptação da dissertação de mestrado da historiadora Rosana Steinke, defendida no programa de pós-graduação em Arquitetura e Urbanismo da.USP/São Carlos, este livro faz abrangente análise, em perspectiva interdisciplinar, da obra do engenheiro e urbanista Jorge de Macedo Vieira. Tendo iniciado carreira na segunda década do século XX na Companhia City, Vieira foi responsável pelo planejamento de 19 bairros, da cidade de São Paulo, por vários projetos no interior paulista e em outros dois estados, Rio de Janeiro e Paraná. Nas décadas de 1940 e 1950, realizou seus dois projetos mais amplos, encomendados pela Companhia Melhoramentos do Norte do Paraná, assinando o planejamento das cidades de Maringá e Cianorte. Embora seu nome esteja associado aos debates historiográficos sobre essas duas cidades, sua obra era relativamente desconhecida: dos pesquisadores especializados na questão urbana. O desenvolvimento da pesquisa de Rosana Steinke, além de enfrentar os temas que pautou, ensejou o levantamento completo; da obra do urbanista, agora mapeada no programa de pós-graduação a que seu projeto esteve vinculado. De resto, sua pesquisa foi a primeira a manusear os projetos e documentos originais, que estavam guardados pela família. Com recursos da história cultural, Rosana. Steinke faz criativa análise do ambiente intelectual em que se educou Jorge Macedo. Vieira, investigando suas influências e seus interlocutores: Em .coerência com seu perfil interdisciplinar, este livro tanto ilumina questões" pertinentes à história das regiões alcançadas pelos projetos de Vieira quanto suscita instigantes reflexões sobre a questão urbana no Brasil.
Este livro tem por objetivo realizar a partir de um estudo de religiosidade católica, a análise de formação de um santo de cemitério, o menino da tábua da Cidade de Maracaí, SP, de 1978 a 1994. Utilizando jornais da região, fontes orais e documentos do poder municipal, a autora recupera a historia da santidade, destacando os principais elementos que contribuíram para as suas criações, bem como as implicações políticas, econômicas e sociais que caracterizam seu culto, confirmando a relevância dos trabalhos históricos no campo do religioso.
Conforme a documentação levantada e aqui apresentada, os grupos Xetá viviam e ocupavam extensos territórios nas margens do Rio Ivaí, no Paraná. As informações históricas, compiladas até o momento, mostram os Xetá desde a Colônia Teresa Cristina, hoje município de Cândido de Abreu, até abaixo da Corredeira do Ferro, entre os municípios de Guaporema e Mirador, a partir de 1840. Na Serra dos Dourados, junto com os animais da fauna regional, eles foram refugiando-se até a chegada da colonização moderna, em 1950. Nesta produção que ora apresentamos ao público, em trabalho realizado por pesquisadores do Laboratório de Arqueologia, Etnologia e Etno-História da Universidade Estadual de Maringá (LAEE/UEM), elencamos e descrevemos documentos gerados pelo SPI no período de 1948 a 1967. A análise de seus conteúdos será realizada em outros momentos quando da interpretação da história da diáspora dos Xetá da Serra dos Dourados.
Este trabalho pesquisa a experiência da ação popular, uma das mais representativas organizações da nova esquerda brasileira, elegendo, como viés privilegiado de análise, sua relação com o movimento dos trabalhadores.
O presente livro compreende artigos e outros textos a respeito da problemática dos fascismos, especialmente sobre o fascismo italiano, o nazismo alemão e o integralismo brasileiro, mas com pontes também para o fascismo dos países anglo-saxões e do Cone sul latino-americano. Ele aborda temas amplos como a relação dos movimentos fascistas entre si e dentro da realidade internacional dos anos 20 e 30, a utilização dos imigrantes italianos como instrumento da política externa na Alemanha nazista e da Itália fascista.